São Paulo Apóstolo: patrono do MCC
São Paulo Apóstolo foi declarado Patrono Celestial do
Movimento de Cursilho de Cristandade pelo saudoso Papa Paulo VI, na Ultreya
Nacional realizada em Tarragona, por ocasião do ano Santo Paulino no dia 07 de
julho de 1963, a pedido dos cursilhistas.
Paulo é uma das figuras mais importantes do Novo Testamento.
O Livro dos Atos dos Apóstolos e as Cartas que escreveu nos revelam sua vida, e
a experiência de Deus processada no seu existir. São Paulo foi o primeiro
inculturador do Evangelho.
Nasceu na cidade de Tarso, na Cilícia, e foi criado na mais
genuína tradição judaica. Ainda muito jovem mudou-se para Jerusalém, e foi um
grande estudioso de sua religião. Participava do grupo dos fariseus, e
extremamente zeloso no cumprimento da lei judaica, perseguiu cristãos. Passa
por um longo e fascinante processo de conversão que culmina com um não menos
fascinante assumir de sua missão.
O novo na sua ação evangelizadora é que saiu do círculo dos
judeus e se volta aos pagãos. Põe-se a caminho, a anunciar o Evangelho em
realidades diferentes daquelas em que Jesus de Nazaré viveu. Torna-se assim o
primeiro grande inculturador do Evangelho. Falava de forma diferente a judeus e
prosélitos (At 13,16-41) aos camponeses pagãos (At 14,15-17) ou aos
intelectuais de Atenas (At 17,21-31). Faz o cristianismo passar de uma cultura
para outra: da cultura semita para a grecoromana.
Enfrentou sérias dificuldades, pois pelo fato de não ter
conhecido nem andado junto com Jesus, tentaram impedi-lo de evangelizar,
dizendo que não era apóstolo. Porém, nada disso o afasta do que tinha se
tornado razão de sua vida: “Anunciar o Evangelho não é um título de honra para
mim, pelo contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Aí de mim se não
anunciar o Evangelho” (1Cor 9,17).
Fez três grandes viagens. Semeou comunidades por onde passou
e isso não o impediu de se sustentar com seu trabalho. Foi um trabalhador que também evangelizava. Mirar-se em Paulo é um desafio para
nós. Evangelizar, enquanto trabalhador ou trabalhadora é um ideal. O mundo
urbano, os nossos
ambientes estão ávidos de esperança e de coerência. Paulo é
um grande exemplo para toda Igreja, e em especial para o Movimento de
Cursilhos. Inculturar a fé significa respeitar as diferentes culturas,
entendendo que o diferente enriquece, e que na diversidade também se serve o
Senhor, eis a questão de nosso tempo!
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