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Beijo leva criança de 2 anos à cegueira: entenda o herpes ocular e como prevenir

Categoria: Saúde | Publicado em: 14/03/2025

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Um caso chocante ganhou destaque nesta semana: um menino de apenas dois anos perdeu a visão após contrair herpes ocular por meio de um beijo. O vírus Herpes Simples Tipo 1 (HSV-1), comum em infecções labiais, foi transmitido à criança, desencadeando uma infecção grave que comprometeu sua córnea e pode resultar em cegueira permanente. O incidente reacende o alerta sobre os riscos de contatos aparentemente inofensivos, especialmente para crianças com sistema imunológico ainda em formação. O médico oftalmologista Gustavo Bonfadini, doutor pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), detalhou como essa condição ocorre e quais medidas podem evitar situações semelhantes. Com a possibilidade de atingir camadas profundas do olho, como retina e nervo óptico, o herpes ocular exige atenção imediata para minimizar danos, enquanto outras doenças virais transmitidas de forma similar também preocupam especialistas.

A gravidade do caso do menino evidencia a vulnerabilidade das crianças a infecções virais. O HSV-1, geralmente associado a lesões na boca, pode migrar para os olhos por contato direto, como beijos ou mãos contaminadas, causando ceratite herpética. Em situações mais graves, como a primo-infecção – o primeiro contato com o vírus –, a inflamação pode evoluir rapidamente, deixando sequelas irreversíveis. Além disso, adultos com imunidade comprometida também estão em risco, já que o vírus pode permanecer latente no organismo e se reativar em momentos de estresse ou baixa imunidade, ampliando a necessidade de prevenção em todas as faixas etárias.

O impacto do herpes ocular vai além de um caso isolado, trazendo à tona a importância de hábitos simples de higiene. Com o vírus sendo incurável, mas tratável, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações. Outras doenças virais, como conjuntivite e mononucleose, seguem padrões de transmissão semelhantes, reforçando a urgência de medidas preventivas para proteger a saúde ocular e geral.

Herpes ocular: como um vírus comum pode causar danos irreversíveis
Transmissão e riscos para a visão
O vírus Herpes Simples Tipo 1 se espalha facilmente por contato direto, seja por um beijo, toque de mãos contaminadas ou compartilhamento de objetos pessoais. Quando atinge os olhos, pode infectar a córnea, desencadeando a ceratite herpética, uma inflamação que, em casos graves, compromete camadas mais profundas, como o endotélio corneano, a retina ou o nervo óptico. No caso do menino de dois anos, a infecção evoluiu rapidamente, resultando em cicatrizes na córnea e possível cegueira permanente. Crianças são especialmente suscetíveis devido à imaturidade do sistema imunológico, mas adultos com condições como doenças autoimunes, quimioterapia ou transplantes também enfrentam riscos elevados de complicações.

Fatores que agravam o quadro
Diversos elementos podem intensificar os danos do herpes ocular. A primo-infecção, como ocorreu com a criança, é particularmente perigosa, pois o organismo ainda não desenvolveu defesas contra o vírus. Em adultos, crises podem ser desencadeadas por estresse, exposição prolongada ao sol ou queda na imunidade, reativando o HSV-1 latente no corpo. Dados mostram que cerca de 60% da população mundial carrega o vírus, mas a maioria não apresenta sintomas graves. Nos olhos, porém, a infecção pode levar a inflamações recorrentes, descolamento de retina ou cicatrizes que exigem intervenções como transplante de córnea para restaurar a visão.

Medidas preventivas e tratamentos disponíveis
Como evitar o herpes ocular e doenças similares
Prevenir a transmissão do HSV-1 e de outros vírus exige cuidados simples, mas eficazes, especialmente em ambientes com crianças ou pessoas imunocomprometidas. Abaixo, algumas recomendações essenciais:

Lavar as mãos frequentemente, principalmente após tocar o rosto ou objetos compartilhados.
Evitar beijar ou tocar os olhos de crianças pequenas quando houver lesões visíveis, como herpes labial.
Não compartilhar toalhas, copos ou utensílios com pessoas infectadas.
Usar óculos de proteção em situações de risco, como contato com secreções respiratórias.
Além do herpes, doenças como conjuntivite viral, mononucleose infecciosa e síndrome mão-pé-boca também se disseminam por contato direto, exigindo atenção redobrada com higiene. Para crianças, cujo sistema imunológico está em desenvolvimento, esses cuidados são ainda mais cruciais.

Opções de tratamento e importância do diagnóstico precoce
Embora o herpes ocular não tenha cura definitiva, o tratamento pode controlar os sintomas e reduzir danos. Antivirais como aciclovir e valaciclovir, administrados em colírios ou via oral, ajudam a conter a replicação do vírus, enquanto colírios anti-inflamatórios aliviam a inflamação. Em casos extremos, com cicatrizes extensas na córnea, o transplante pode ser necessário. O oftalmologista Gustavo Bonfadini destaca que as primeiras 24 a 48 horas após o início dos sintomas – como vermelhidão, dor e sensação de corpo estranho no olho – são decisivas. Um atendimento rápido aumenta as chances de preservar a visão e evitar recorrências, que exigem monitoramento contínuo.

Impactos e lições de um caso alarmante
Cronograma do herpes ocular: do contágio à intervenção
O desenvolvimento do herpes ocular segue etapas críticas que determinam o prognóstico:

Contágio inicial: Ocorre por contato direto, como o beijo no caso do menino de dois anos, ou toque de mãos contaminadas.
Primeiros sintomas: Surgem em até 48 horas, com irritação, lacrimejamento e sensibilidade à luz.
Tratamento precoce: Se iniciado nas primeiras 24 horas, pode limitar a infecção à superfície da córnea.
Complicações tardias: Sem intervenção, o vírus pode atingir retina e nervo óptico em poucos dias, levando à cegueira.
Esse cronograma reforça a urgência de reconhecer os sinais e buscar ajuda médica imediatamente, especialmente em crianças pequenas.

Alerta para todas as idades
Casos como o do menino de dois anos não são exclusivos de crianças. Adultos com histórico de herpes labial podem desenvolver a forma ocular anos depois, especialmente em momentos de baixa imunidade. Estima-se que 1 em cada 500 casos de infecção ocular nos Estados Unidos seja relacionado ao HSV-1, número que pode ser maior em países com menos acesso a cuidados oftalmológicos. A possibilidade de reativação do vírus torna o acompanhamento médico uma necessidade contínua para quem já foi infectado, ampliando o alcance do problema.

Outras doenças virais no radar
Além do herpes, outras infecções transmitidas por contato direto preocupam especialistas. A conjuntivite viral, causada por adenovírus, afeta milhões anualmente e se espalha por secreções oculares ou respiratórias. A mononucleose, conhecida como “doença do beijo”, atinge principalmente jovens e é transmitida pela saliva. Já o citomegalovírus (CMV) pode causar retinite em imunocomprometidos, enquanto a síndrome mão-pé-boca, comum em crianças, gera lesões dolorosas. Todas essas condições compartilham um ponto em comum: a prevenção depende de higiene rigorosa e da conscientização sobre os riscos de contatos desprotegidos.

Fonte - https://www.mixvale.com.br/
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